Começando do meio...

Quase 1807 semanas aqui na Terra. Pergunto-me o que tenho feito... Minha vida está uma completa bagunça: me acho e estou velha, além de obesa, cansada e sem energia. Confesso, sou produto de uma família que sequer sabe o que é amar, mas é craque em julgar. Consciente ou inconscientemente, me pego reproduzindo aquilo que absorvi durante minha infância e adolescência. E entristeço. É cansativo só ver o lado ruim das coisas e das pessoas e gastar meu precioso tempo falando delas. É possível mudar de vida depois de 34 anos vivendo assim?

Por onde começar? Não sei. Esse blog se chama "amando Amanda" por um motivo: eu não me amo, mas é o que mais desejo nesse momento. Não me amo porque não fui amada e, porque não me amo, não amo as pessoas. Certo, você já leu isso algumas linhas acima. Dizem que amar é uma decisão, ou que amar é um exercício constante de autocuidado... huuuum... sinto-me imersa em uma completa inércia. Sou eu, essa pessoa procrastinadora e preguiçosa, a responsável por me tirar daqui? Como?

Qual conselho você daria para uma mulher de 34 anos que se comporta como uma criança, que abandonou e adoeceu o próprio corpo, que se veste de qualquer jeito, que pesa 140kg, que está endividada e completamente perdida na vida? É possível mudar tanta coisa assim? Às vezes me pergunta quando tudo isso aconteceu... Qual foi o marco? Por que não me dei conta que isso estava acontecendo? Vale também ficar buscando esse momento? Achar essas respostas?

Lembro de escrever diários quando era criança. Sempre foi um alívio para mim poder expressar o que eu sentia. Uma pena que as pessoas não tenham respeitado minha privacidade, e isso me levou a parar. Penso que escrever para que qualquer pessoa por aí leia possa ser o primeiro passo. Vou fazer desse blog uma terapia. E vou começar a me cuidar. Quem sabe mudando me vida eu possa ajudar você a mudar a sua, né?! Espero que alguém possa me ler um dia e contemplar aquilo que planejo concretizar na minha vida. Só depende de mim. Sorte!


Um abraço.

A.

Comentários